A mulher de Ló, que morara numa cidade, não podia ir...sem ver o que deixava. O hebreu deve amar o desconhecido, não temer a chance de um novo acampamento na vida. Mas os que olham para trás se petrificam...viram estatuas de sal. Habitam a segurança do monumento de sal insípido do mar que é morto.
Virar estatua de sal é o destino do sal que perde o sabor. O sal perde o sabor quando se nega a sua vocação, que é se dar.
Estátuas de sal. É imagem do homem, porém é estatua de sal.
Homens cristalizados...sal insípido.
Como lhe restaurar o sabor?
O que salva o sal é a sua dissolvência, aceitando a sua missão invisível de ser sentido sem ser visto; se não, vira monturo ou estatua de sal.
O sal tem que ter mais alegria em dar gosto do quem em ser visto.
O sal tem que saber que seu papel é ser discernido, não preservado.
O sal existe para inexistir...