Views : 375,181
Genre: Entertainment
Date of upload: Mar 17, 2020 ^^
Rating : 4.984 (234/58,547 LTDR)
RYD date created : 2022-02-09T09:34:38.893828Z
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Top Comments of this video!! :3
Sou uma mulher branca, nasci e cresci no sul do Brasil. Aqui na minha cidade, todos tem orgulho de dizer que estamos em uma das cidades mais ricas do sul, super industrializada. Reduto de partidários de certos políticos, todos tem moral elevada e são gente de bem. Mas quando eu era menina, tinha um bar próximo a minha escola, e os senhores aposentados que frequentavam o lugar ofereciam dinheiro para as meninas pobres para elas "tirarem a roupa na frente do tio". O posto policial do bairro fazia vista grossa, e alguns policiais "namoravam" as adolescentes do ensino médio. Pedofilia é super normalizado na nossa sociedade gente. Agora que sou adulta sou muito menos assediada do que aos 12 anos.
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No início do vídeo qdo vc fala de tempo de trabalho doméstico, fiquei pensando tbm no trabalho ESTÉTICO: qtas hrs as mulheres passam em saloes de beleza fazendo cabelo, unha, depilacao, academia, procedimentos, maquiagem todo dia pra ir pro trabalho, tirar a make, etc etc... sem falar na grana de tudo isso tbm né.
Amo seu trablho, rita <3
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Sou formada numa área extremamente machista, engenheira agrimensora, a alguns anos atrás fui trabalhar no interior do Maranhão, Rosário, sou de BH/MG, e lá todos que são oriundos de Goiás pra baixo são do "Sul"... Uma cultura completamente diferente da minha, as pessoas lá não tem valor e as crianças menos ainda... Um dia descobri que a mulher que morava ao lado do meu alojamento vendia sua filhinha de cinco anos por dez reais quase todos os dias, para uns funcionários que moravam em outro alojamento, como não sabia qual era a empresa, propus para ela lavar minha roupa em troca de não mais fazer isso, ela aceitou, mas disse que quando eu fosse embora, teria que voltar a fazer isso, ela também foi usada quando criança, é "comum" isso lá... Um dia vim embora... Me dói o coração quando lembro dessa menininha...
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Olá Rita!Sou negra, mulher do subúrbio do Rio de Janeiro de 56 anos... Tenho um filho de 28 anos, hétero,músico talentoso que amo e me orgulho muito de ser mãe e amiga...Por minha idade, o "Gui" poderia ser meu filho.. Nossa,como teria orgulho disso! Parabéns Guilherme,pela resistência e ação artística, política , pedagógica e filosófica que é a Rita!
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@TemperoDrag
4 years ago
Pervertidinhos, Aqui e a Ritinha. Neste último vídeo, na tentativa de tornar o debate o mais simples e acessível o possível, eu atropelei alguns pontos do rigor conteudístico e metodológico, mas, mais especificamente, cometi um erro ao empregar uma terminologia. Na frase "Nós, que somos marxistas, aprendemos a pensar o mundo em recortes" (08:25) há um erro a ser corrigido. O Marxismo é exatamente sobre olhar para a totalidade, e as categorias gênero, raça e classe são dados que expandem as análises. Aqui falar em "recorte" foi um erro ao me expressar. O que eu quis dizer era que nós nos preocupamos com essa ferramenta para olhar para a totalidade da realidade. Sabrina Fernandes me disse algo ótimo ao pontuar que o "recorte" é método com m minúsculo, do método de pesquisa, usado para fazer levantamentos de dados, mas os dados devem ser interpretados como totalidade dentro do Materialismo Histórico (este sendo Método com maiúsculo). O propósito deste vídeo é trazer ao debate a ideia de que gênero e raça não são categorias naturais da existência humana e não representam a essência da pessoa racializada, por exemplo. A racialização é imposta como forma de organizar quem é excluído e quem não é, de forma similar como ocorre com o gênero. Esta nota é para reforçar que: como são frutos de opressão/segregação os papéis de gênero e raça devem ser entendidos como construídos socialmente, mas essa construção afeta nossa realidade material. E nossa luta não é pela superação discursiva destes, mas, pela superação das condições materiais que os tornam opressivos como são (que é o aspecto da discussão da ideia marxista de abolição que citei da Sabrina).
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