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5 months ago

"Eu sei, mas não devia" de Marina Colasanti é um texto que ressoa profundamente na experiência humana ao explorar o embate entre a razão e os impulsos emocionais que frequentemente nos influenciam. A autora habilmente tece um cenário onde a consciência do que é certo se choca com a vontade de seguir desejos muitas vezes contraditórios. Ao longo do texto, Colasanti desnuda a complexidade de nossa natureza, expondo a luta interna entre o conhecimento do que é moralmente aceitável e a tentação de ceder às emoções. Ela nos faz confrontar a realidade de que, apesar de possuirmos um entendimento claro das consequências de nossas ações, muitas vezes sucumbimos aos nossos impulsos mais profundos. A frase marcante "Eu sei, mas não devia" ressoa como um eco das batalhas internas que todos enfrentamos. Essa confissão revela não apenas a consciência do erro iminente, mas também a vulnerabilidade do ser humano diante das próprias fraquezas. A dualidade apresentada pela autora abre espaço para a reflexão sobre a condição humana, convidando-nos a encarar nossos próprios conflitos morais e dilemas éticos. Colasanti não apenas nos apresenta um conflito individual, mas também toca numa dimensão universal da experiência humana, onde a tensão entre o dever e a vontade, entre o que é conhecido e o que é desejado, é uma constante. O texto nos desafia a confrontar nossa própria humanidade, a aceitar nossas contradições e a buscar um equilíbrio entre a razão e a emoção, entre o que sabemos e o que sentimos. Em suma, "Eu sei, mas não devia" é uma obra que transcende as páginas ao mergulhar nas profundezas da psique humana, convidando-nos a refletir não apenas sobre as nossas escolhas individuais, mas também sobre a essência contraditória que nos define como seres complexos e emocionalmente ricos.

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