A ideia de que a depressão começa no estômago reflete uma compreensão crescente da interconexão complexa entre o corpo e a mente. Embora tradicionalmente vista como uma condição mental, a depressão também pode ter raízes fisiológicas que começam no sistema gastrointestinal, conhecido como o "segundo cérebro". Este conceito sugere que o funcionamento do intestino pode influenciar diretamente o humor e o bem-estar emocional de uma pessoa.

Estudos têm mostrado que desequilíbrios na microbiota intestinal (a comunidade de microrganismos que habitam o intestino) podem afetar a produção de neurotransmissores como a serotonina, que desempenha um papel crucial na regulação do humor. A serotonina é comumente associada à sensação de bem-estar e é um dos alvos principais dos antidepressivos.

Além disso, o estresse crônico, que frequentemente contribui para o desenvolvimento da depressão, pode levar a alterações na permeabilidade intestinal e inflamação no corpo. Esses processos podem resultar em uma resposta imune aumentada e na liberação de citocinas pró-inflamatórias, que por sua vez podem impactar negativamente o funcionamento cerebral e aumentar o risco de distúrbios do humor.
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