Nesta terça-feira (19/09/2023), a Justiça Federal na Paraíba (JFPB) promoveu a oficina “Práticas de Acessibilidade e Inclusão para Pessoas com Deficiência”, uma ação local referente à ll Semana de Acessibilidade da Justiça Federal da 5ª Região (JF5). A capacitação que, contou com a participação de um intérprete de Libras, aconteceu no turno da manhã onde funciona a Subsede da Seccional, no DCT, em João Pessoa-PB.

O curso foi mediado pela servidora Clarissa Gomes de Sousa, da Comissão de Acessibilidade da JFPB, e ministrado pelo vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Hellosman de Oliveira Silva, e pela assistente social Fábia Alana Pitta.

Tópicos teóricos e introdutórios como “o que é a deficiência?” e “como ela pode se apresentar?” foram a base do primeiro momento da oficina, que se deu com a fala de Fábia Alana. O foco da oficina foram as barreiras arquitetônicas e comunicacionais, problemas de acessibilidade presentes nas estruturas das localidades e na falta de conhecimento da sociedade.

Fábia destacou que é “imprescindível que todos os órgãos públicos e privados estejam preparados para receber as Pessoas Com Deficiência (PCD) de forma qualificada, oferecendo serviço de qualidade, acessível e respeitoso, possibilitando que a PCD tenha o seu processo e demanda resolvidos da forma mais tranquila e acessível.”.

Após a parte teórica, os servidores se juntaram em um exercício prático que teve como objetivo mostrar os desafios provenientes da falta de acessibilidade. Neste, parte dos servidores tiveram que andar pelo prédio do DCT em cadeiras de roda, enquanto outros faziam o uso de vendas nos olhos. “A teoria nos dá a base para entender os conceitos e as problemáticas envolvendo a inclusão e acessibilidade. Mas é na prática que realmente podemos compreender os desafios e necessidades de quem vive essa realidade diariamente”, explica Hellosman.

Dentre as dificuldades observadas pelos servidores, destacaram-se as rampas muito íngremes e a falta de sinalização para indicar a presença de degraus. “Eu, que pratico atividade física diariamente, senti muita dificuldade e fiz um grande esforço para subir aquela rampa.”, expôs Flaubert, servidor da Seção de Segurança da JFPB.

Alessandra é uma pessoa com deficiência visual e afirma que também se surpreendeu com a experiência. “Verifiquei que na nossa cidade, mesmo prédios como esse que são mais novos, ainda não tem acessibilidade necessária para pessoas com deficiência.”

Diante da repercussão das atividades práticas, a mediadora Clarissa também falou sua visão sobre o exercício: “Acredito que essa combinação de teoria e prática proporcionou uma visão mais holística e profunda sobre o tema. Espero que todos tenham aproveitado ao máximo essa oportunidade de aprendizado e reflexão.”

A experiência foi findada com uma série de vídeos produzidos pelo Governo Federal, que mostram dificuldades habituais das PCD e situações que configuram capacitismo.