Amanita Sessions
13 videos • 88 views • by Julio Moreno Guitar Federico Garcia del Cerro - Baixo Federico Ursino - Bateria Julio Moreno - Guitarra Gravado 03 de agosto de 2022 por Ruso Lamoth e Federico Ursino no Estudio Quntra Music Factory Mixado por Federico Ursino Masterizado por Bocha Caballero Câmeras: Julieta Carnero e Marco Corvatta - CIMPLE Films Arte: @rexorama Equipamento: Agesta Backline, @siracusaluthier Consultoria literária: Guillermo David Federico Garcia del Cerro - Bass Federico Ursino - Drums Julio Moreno - Guitar Recording: Ruso Lamoth and Federico Ursino at Estúdio Quntra Music Factory Mixing: Federico Ursino Mastering: Bocha Caballero Cameras: Julieta Carnero and Marco Corvatta - CIMPLE Films Art: @rexorama Equipment: Agesta Backline, @siracusaluthier Literary consultancy: Guillermo David #cgdgbe #countryrock #slideguitar #instrumentalguitar #amanitamuscaria #amanitasessions A experiência psicodélica reconhece aspectos da experiência literária que varreu os anos sessenta e que cada geração reformula em busca de uma realidade alternativa. Desde os românticos que encontraram no láudano, no ópio e no haxixe uma forma de inspiração que iluminaria o lado negro da existência, há dois séculos que se tenta encontrar na alteração dos estados de consciência a chave mística dos mistérios da vida. Se Artaud viajou para o México para participar do rito Tutuguri para viver em outros mundos alimentados pelo consumo de peiote, o majestoso Aldous Huxley inquiriu em Moksha e The Doors of Perception suas visões de mescalina. Décadas depois, Carlos Castaneda contaria sua saga, muito lida na Argentina, sobre o peiote, em diálogo com o Nagual, entidade sagrada que rege os destinos dos índios mexicanos. Seus contemporâneos, os Beatniks, retomarão essas experimentações com a viagem lisérgica: as Cartas Yagé de Burroughs iniciariam uma pesquisa poética com a ayahuasca, que ao longo dos anos se tornaria um ritual para as classes médias urbanas em busca de sentido. em geral. O rock fez desse vetor de vivência um de seus hábitos, o que produziu uma cultura de estados alterados que habita o presente. A pandemia reformulou estas práticas, tornando-as matrizes de novas sociabilidades, em que se articulam saberes e discursos culturais em que pulsa o desejo de reformular o mundo da vida como um incentivo que se estende às produções culturais com sucesso variável. Emaranhado de discursos esotéricos de várias origens, constitui um apelo ao questionamento do modo de habitar o mito que confere uma nova visão ao universo profano. Esse anseio de transcendência, que pulsa em quem sente seu chamado em situações de fragilidade, é uma das formas pelas quais a modernidade conseguiu substituir o que varreu pelo movimento de dessacralização que postula o domínio do capitalismo, e que todas as épocas conheceram sob o nome de religião. Como nas culturas devastadas pelos impérios, é o religioso que encoraja os caminhos da esperança, embora, como disse o visionário William Blake, o caminho para o paraíso esteja salpicado de pedras infernais.